Viver a vida

Estou em uma fase em que quero uma vida simples, uma vida ordinária, do dia a dia.

Não quero mais aquelas ilusões de juventude, de salvar o mundo, de ser destacada ou especial.

Quero fazer minhas coisinhas, ter uma rotina despretensiosa, pequenas coisas que preciso (lides da casa, cuidar da saúde...) e que gosto (ler, ver vídeos...). O mundo já tem heróis demais, salvadores demais, bambambans demais. 

Quero viver sem chamar a atenção, estar em paz, evoluir, poder estudar o que quero. Vivemos em uma roda viva da sobrevivência ou de um sonho de ter. A vida não devia ser isso. Quero viver a minha verdade, sou quieta e na minha, assim quero ser.

Será que só viver não basta?

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Profecias e previsões

Existe coisa mais cansativa do que arrogantes da verdade arrotarem profecias e previsões? Agora a moda é o outubro, algum portal vai abrir (estes portaaais...), algo vai desabastecer, alguém vai subir e alguém vai cair, em algum lugar vai ter enchente, em outro seca, terremotos  ocorrem diariamente em nosso planeta e vulcões entram em erupção. Nada de novo no front, incidentes naturais ocorreram, ocorrem e ocorrerão desde que nos entendemos como gente.

Me admira que pessoas, principalmente as já (bem) vividas, caiam nestas esparrelas. Quando, por uma coincidência, alguém acerta, nossa, vira o vidente da hora, dando palestras muito bem pagas, vendendo cursos e oferecendo consultas a preços bem exorbitantes.

É fácil cair nesta armadilha de velhos charlatães. Eles falam o que a gente quer saber ou manipulam nossos medos ancestrais.

O que dia que tiver que ser, será. Vamos tratar de prevenir e remediar tragédias nada paranormais: enchentes, alagamentos, mais calor (por estarem desmatando tudo...e depois reclamam), lixo que entope bueiros e cai em rios, estas coisas. Se a gente cuidasse e tratasse do que é concreto, do nosso lado, local, ao alcance de nossas ações, olha, teríamos uns 90% a menos com o que nos preocuparmos em larga escala e menos credibilidade teriam os profetas de apocalipse que rende lucro (para eles, claro!).

Sejamos mais lógicos e menos passionais.

Gostar mais de estar só

Muitos nomes são dados para quem gosta mais de estar só: eremita, antissocial, tímido, reservado...E existem muitas maneiras de ser neste espectro. Cada um se define.

Eu gosto de estar sozinha e não me sinto incomodada. Tanto que só me senti solitária, mesmo, uma vez na vida. Faço a distinção entre solitude e solidão. Solitude é por vontade e algo agradável. Solidão, geralmente, é por circunstâncias e desagradável.

Também não quer dizer que não se aprecie a seleta companhia de alguns humanos. Estas acompanhada de gente que não acrescenta nada é suplício. Multidão então, nem pensar! Seletividade é a palavra.

Geralmente, o solitudinário, também aprecia muito o silêncio e somente os sons que vêm da Natureza original (pássaros, vento, água...). 

Dizem que os humanos são animais sociais, é quase uma frase pronta para tentar nos "converter" (a ter uma vida miserável seguindo o que os outros acham melhor para nós), mas em todos os primatas sociais existem não só períodos de ser sozinho, como alguns optam por ser mais à parte do grupo. Então não somos mandatoriamente condenados e vivermos durante todo o tempo em bandos.

No meu planeta

No meu planeta não se edifica como na Terra, uma construção grudada na outra. Todas têm que ter um espaço mínimo, não só para termos ventilação e iluminação, mas, acima de tudo, muita Natureza original. São corredores, onde as espécies originárias podem continuar em seus lugares.

Vejo, neste planeta de vocês, onde me exilaram, as áreas naturais serem substituídas por edifícios, praças sendo vendidas e parques terem suas árvores arrancadas para se colocarem coisas e ajardinamentos artificiais e planejados. Juro que não entendo e lamento. Depois vocês se queixam de problemas climáticos, pandemias, perda da diversidade, não encontrarem remédios (estão destruindo fitoterápicos que curariam ou amenizariam muitas doenças).

Humanos terráqueos são estranhos...

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